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Bible Commentaries
João 21

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-25

Cristo se dá a conhecer a seu povo habitualmente em suas ordenanças mas, às vezes, por seu Espírito os visita quando estão ocupados em suas atividades. Bom é que os discípulos de Cristo estejam juntos na conversação e nas atividades corriqueiras. Ainda não tinha chegado a hora para que entrassem em ação. Contribuiriam para sustentar-se a si mesmos a fim de não ser carga para ninguém.

O tempo de Cristo para dar-se a conhecer a seu povo é o momento em que eles estão mais perdidos. Ele conhece as necessidades temporais de seu povo e lhes têm prometido não só graça suficiente, senão alimento conveniente. A providência divina se estende às coisas mais minuciosas, e felizes são os que reconhecem a Deus em todos seus caminhos. Os humildes, diligentes e pacientes serão coroados apesar de que suas lavouras sejam terríveis; às vezes, vivem para obedecer as ordens de Cristo; é lançar a rede ao lado direito da barca. Jesus se manifesta a seu povo fazendo por eles o que ninguém mais pode fazer, e o que eles não esperavam. Ele cuidará que aos que deixaram todo por Ele, não lhes falte nenhum bem. E os favores tardios devem trazer à memória os favores prévios, para que não se esqueça o pão comido.

Aquele a quem Jesus amava foi o primeiro em dizer: É o Senhor. João tinha-se aferrado mais estreitamente a seu Mestre em seus sofrimentos e o conheceu muito antes. Pedro era o mais zeloso, e alcançou primeiro a Cristo. com que variedade dispensa Deus as dádivas e quanta diferença pode Haber entre um e outro crente em seu modo de honrar a Cristo, e, todavia, todos são aceitos por Ele! outros ficaram na barca, arrastam a rede e trazem a pesca até a praia, e não devemos culpar de mundanas a essas pessoas, porque eles, em seus postos, estão servindo verdadeiramente a Cristo, como o resto.

O Senhor Jesus tinha provisão pronta para eles. Não devemos bisbilhotar inquirindo de onde proveio, porém consolemo-nos com o cuidado de Cristo por seus discípulos. ainda que havia tantos peixes e tão grandes, não perderam nenhum nem danificaram sua rede. A rede do evangelho tem capturado multidões, mas é tão forte como sempre para levar almas a Deus.



Nosso Senhor se dirigiu a Pedro por seu nome original, como se tivesse deixado o de Pedro quando o negou. Agora respondeu: Tu sabes que te amo, mas sem declarar que ama a Jesus mais que aos outros. não devemos surpreender-nos com que nossa sinceridade seja questionada quando nós mesmos temos feito o que a torna duvidosa. Toda lembrança de pecados passados, ainda de pecados perdoados, renova a tristeza do penitente verdadeiro. Ciente de sua sinceridade, Pedro apelou solenemente a Cristo, que conhece todas as coisas, até os segredos de seu coração. Bom é que nossas quedas e erros nos tornem mais humildes e alertas. A sinceridade de nosso amor a Deus deve ser posta a prova. E nos convém rogar com oração perseverante e fervorosa ao Deus que esquadrinha os corações, que nos examine e nos prove para ver se somos capazes de resistir esta prova. Ninguém que não ame o bom Pastor mais que toda vantagem ou objeto terreno pode ser apto para apascentar as ovelhas e os cordeiros de Cristo.

O grande interesse de todo homem bom, qualquer seja a morte e que morra, é glorificar a Deus nela, porque, qual é nosso objetivo principal senão este: morrer pelo Senhor quando o pedir?



Os sofrimentos, as dores e a morte parecem formidáveis ainda ao cristão experimentado; mas, na esperança de glorificar a Deus, de deixar um mundo pecador, e estar presente com seu Senhor, aquele se torna preste a obedecer ao chamado do Redentor e segui-lo até a glória através da morte.

A vontade de Cristo é que seus discípulos se ocupem de seu dever sem andar bisbilhotando fatos futuros, seja acerca de sim ou do próximo. Somos bons para ficarmos ansiosos por muitas coisas que nada têm a ver conosco. Os assuntos de outras pessoas nada são para que nos entremetamos; devemos trabalhar tranqüilamente e ocupar-nos de nossos assuntos. Se fazem muitas perguntas curiosas sobre os conselhos de Deus, e o estado do mundo invisíveis, às quais podemos responder: Que têm a ver conosco? Se atentarmos ao dever de seguirmos a Cristo, não acharemos coração nem tempo para meter-nos no que não nos corresponde.

Quão pouco se pode confiar nas tradições orais! Que a Escritura se interprete e se explique a si mesma; porque em grande medida, é evidência e prova em si mesma, porque é luz. Note-se a facilidade de emendar erros, como aqueles, pela própria palavra de Cristo. A linguagem da Escritura é o canal mais seguro para a verdade da Escritura: as palavras que ensina o Espírito Santo (1 Co 2.13). os que não concordam nos mesmos termos da arte, e sua aplicação, podem, não obstante, estar de acordo nos mesmos termos da Escritura, e amar-se uns a outros.



Foi escrita somente uma pequena parte dos atos de Jesus; mas abençoemos a Deus por tudo o que está nas Escrituras e agradeçamos que haja tanto em tão pouco espaço. Suficiente ficou escrito para dirigir nossa fé, e reger nossa prática; mais, teria sido desnecessário.

Muito do escrito é passado por alto, muito se esquece, e muito é feito questão de controvérsias duvidosas. Contudo, podemos esperar o gozo que receberemos no céu do conhecimento mais completo de tudo o que Jesus fez e disse, e da conduta de sua providência e graça em seus tratos com cada um de nós. Seja esta nossa felicidade. Porém essas foram escritas para que acreditem que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus; e para que crendo, tenham vida em seu nome.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre John 21". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/john-21.html. 1706.
 
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