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Monday, June 17th, 2024
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Bible Commentaries
Lucas 23

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-56

Pilatos tinha bem clara a diferença entre suas forças armadas e os seguidores de nosso Senhor. Mas, em vez de suavizar-se pela declaração de inocência dada por Pilatos, e de considerar se não estavam lançando sobre sim a culpa de sangue inocente, os judeus se iraram mais. O Senhor leva seus desígnios a um glorioso final, ainda por meio dos que seguem as invenções de seu próprio coração. Assim, todos os partidos se uniram, como para provar a inocência de Jesus, que era o sacrifício expiatório por nossos pecados.



Herodes tinha ouvido muitas coisas de Jesus na Galiléia e, por curiosidade, anelava vê-lo. o mendigo mais pobre que tenha pedido um milagre para alívio de sua necessidade, nunca foi rejeitado; mas este príncipe orgulhoso, que pedia um milagre só para satisfazer sua curiosidade, é rejeitado. Poderia ter visto a Cristo e seus prodígios na Galiléia e não Quis; portanto, se diz que justiça: Agora que deseja vê-los, não os verá. Herodes mandou a Cristo de volta a Pilatos: as amizades dos homens ímpios se formam comumente da união na maldade. Em pouco estavam de acordo, salvo na inimizade contra Deus e no desprezo por Cristo.



O temor ao homem mete a muitos na armadilha de fazer algo injusto ainda contra sua consciência, para não encrencar-se. Pilatos declara inocente a Jesus e tem a intenção de deixá-lo livre, porém, para comprazer o povo, o castiga como a malfeitor. Se não achou falta nEle, por que castigá-lo? Pilatos se rendeu, finalmente; não teve o valor de ir contra uma corrente tão forte. Deixou a Jesus livrado à vontade deles para ser crucificado.



Aqui temos o bendito Jesus, o Cordeiro de Deus, levado como cordeiro ao matadouro, ao sacrifício. Embora muitos o censuraram e xingaram, alguns se compadeceram, mas a morte de Cristo foi sua vitória e triunfo sobre seus inimigos: foi nossa liberação, a compra da vida eterna para nós. Assim sendo, não choremos por Ele senão por nossos próprios pecados, e os pecados de nossos filhos, que causaram sua morte; e choremos por temos às misérias que nos acarretamos se tomarmos seu amor com leviandade, e rejeitamos sua graça. Se Deus o deixou livrado a sofrimentos como estes, pois era o sacrifício pelo pecado, que fará com os pecadores mesmos que se fizeram árvore seca, geração corrupta e má, e boa para nada! Os amargos sofrimentos de nosso Senhor Jesus devem deixar-nos pasmados ante a justiça de Deus. os melhores santos, comparados com Cristo, são árvores secas; sem Ele sofreu, por que eles teriam a expectativa de não sofrer? Como será, então, a condenação dos pecadores! Até os sofrimentos de Cristo pregam terror aos transgressores obstinados.



Tão pronto como Cristo foi pregado na cruz, orou pelos que o crucificaram. Ele morreu para comprar-nos e conseguir-nos a grande coisa que é o perdão dos pecados. Por isso orou.

Jesus foi crucificado entre dois ladrões; neles se mostram os diferentes efeitos que a cruz de Cristo tem sobre os filhos dos homens pela pregação do evangelho. Um malfeitor se endureceu até o fim. Nenhuma aflição mudará de por sim um coração endurecido. O outro amoleceu finalmente: foi tirado como brasa da figueira e foi feito monumento à misericórdia divina. Isto não estimula a ninguém a postergar o arrependimento até o leito de morte, ou esperar achar então misericórdia. Certo é que o arrependimento verdadeiro nunca acontece demasiado tarde, mas também é certo que o arrependimento tardio rara vez é verdadeiro. Ninguém pode estar seguro de ter tempo para arrepender-se na morte, mas ninguém pode ter a certeza de ter as vantagens que teve este ladrão penitente.

Veremos que este caso é único se observamos os efeitos nada comuns da graça de Deus neste homem. Ele repreendeu o outro por rir de Cristo. reconheceu que merecia o que lhe faziam. Creu que Jesus sofria injustamente. Observe sua fé nesta oração. Cristo estava sumido no profundo da desgraça, sofrendo como um enganador sem ser livrado por seu Pai. O ladrão fez esta profissão antes de ver os prodígios que deram honra aos sofrimentos de Cristo, e assombraram o centurião. Acreditou numa vida vindoura, e desejou ser feliz nessa vida; não como o outro ladrão, que somente queria ser salvado da cruz. Veja-se sua humildade nesta oração. Todo o que pede é "Senhor, lembra-te de mim", deixando inteiramente em mãos de Jesus o como lembrá-lo. Assim foi humilhado no arrependimento verdadeiro, e deu todos os frutos do arrependimento que permitiram suas circunstâncias.

Cristo na cruz mostra será como Cristo no trono. Embora estava na luta e agonia maiores, ainda assim teve piedade de um pobre penitente. Por esta aliança de graça temos que compreender que Jesus Cristo morreu para abrir o céu a todos os crentes penitentes e obedientes. É um único caso na Escritura; deve ensinar-nos a não desesperar de nada, e que ninguém deveria desesperar; porém, para que não se cometa abuso, é colocado em contraste com o estado espantoso do outro ladrão, que se endureceu na incredulidade, mesmo que tinha tão perto dele o Salvador crucificado. Pode-se ter a certeza de que, em geral, os homens morrem como vivem.



Aqui temos a morte de Cristo magnificada pelos prodígios que a acompanharam, e sua morte explicada pelas palavras com que expirou sua alma. estava disposto a oferecer-se. Procuremos glorificar a Deus pelo arrependimento verdadeiro e a conversão; protestando contra os que crucificaram o Salvador; por uma vida santa, justa e sóbria; e utilizando nossos talentos no serviço dAquele que morreu e ressuscitou por nós.



Embora não se vangloriem de uma profissão de fé externa, há muitos que, como José de Arimatéia, quando se apresenta a ocasião estão mais dispostos que outros que fazem muito barulho a efetuar um serviço verdadeiro.

Cristo foi sepultado com pressa, pois se aproximava o dia de descanso. Chorar não deve incomodar o semear. Embora estavam chorando a morte de seu Senhor, ainda assim deviam preparar-se para manter santo o dia do repouso. Quando se aproxima o dia do repouso deve haver preparativos. Nossos assuntos mundanos devem ser ordenados de forma tal que não nos impeçam fazer a obra do dia do descanso; e nossos afetos santos devem ser tão estimulados que nos conduzam a cumpri-la. Qualquer seja a obra que empreendamos, ou como sejam afetados nossos corações, não falhemos em preparar-nos para o santo dia do repouso e para mantê-lo santo, pois é o dia do Senhor.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Luke 23". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/luke-23.html. 1706.
 
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