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Sunday, June 16th, 2024
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Bible Commentaries
Lucas 9

Matheus Henry - Comentário do Novo testamentoHenry Comentário NT

versos 1-62

Cristo enviou a seus doze discípulos, aos que então já eram capazes de ensinar ao próximo o que tinham recebido do Senhor. Não devem estar ansiosos por esperar a estima da gente pela aparência externa. Devem ir como estão.

O Senhor Jesus é a fonte de poder e autoridade à qual devem submeter-se todas as criaturas de uma ou outra forma; e se Ele vai com a palavra de seus ministros em poder, para livrar pecadores da escravidão de Satanás, podem ter certeza de que Ele se ocupará de suas necessidades. Quando a verdade e o amor vão unidos, e ainda assim a gente rejeita e despreza a mensagem de Deus, deixa sem escusa os homens e se torna testemunho contra eles.

A consciência culpável de Herodes estava pronta para concluir que Jesus foi levantado dos mortos. Desejava ver a Jesus, e por que não foi e o viu? Provavelmente por pensar que estava por embaixo dEle ou porque não desejava ter mais repreensões por seu pecado. ao postergá-lo se endureceu seu coração e quando viu a Jesus, estava tão prejudicado contra Ele como o resto (Lc 23.11).



A gente seguiu a Jesus e embora era inoportuno naquele momento, lhes deu o que necessitavam. Ele lhes falou do Reino de Deus. Sarou os que necessitavam saúde. Com cinco pães e dois peixes, Cristo alimentou a cinco mil homens. Ele cuida que nada de bom falte aos que o temem e o servem fielmente. Quando recebemos consolo por meio de criaturas, devemos reconhecer que o recebemos de Deus, e que somos indignos de recebê-lo; que tudo, e todo o consolo que tenhamos nisso, o devemos à mediação de Cristo, por quem tem sido tirada a maldição. A bênção de Cristo fará que pouco serva para muito. Ele satisfaz a toda alma faminta, a satisfaz abundantemente com a abundância de sua casa.

Foram recolhidas as sobras: na casa de nosso Pai há pão suficiente e para guardar. Não estamos limitados nem escassos em Cristo.



Consolo indizível é que nosso Senhor Jesus seja o Ungido de Deus; isto significa que foi designado para ser o Messias e que está qualificado para isso. Jesus fala de seus sofrimentos e morte. Tão longe como devem estar seus discípulos de pensar em evitar seus sofrimentos, assim devem preparar-se para sofrer eles mesmos. Amiúde nos encontramos com cruzes no caminho do dever; e ainda que não devamos lançá-las sobre nossas cabeças, quando estão colocadas para nós devemos tomá-las e levá-las como Cristo. Algo é bom ou ruim para nós segundo seja bom ou ruim para nossas almas. O corpo não pode estar feliz se a alma estará infeliz no outro mundo, mas a alma pode estar feliz ainda que o corpo esteja sumamente afligido e oprimido neste mundo. Nunca devemos envergonhar-nos de Cristo e seu evangelho.



A transfiguração de Cristo foi uma amostra da glória com que virá a julgar o mundo; e foi um chamado a seus discípulos a sofrerem por Ele. a oração é um dever transfigurador, transformador, que faz brilhar o rosto. Nosso Senhor Jesus, em sua transfiguração, estava disposto a falar de sua morte e de seus sofrimentos. Nas glórias maiores na terra lembremos que neste mundo não temos cidade permanente. Quanta necessidade temos de orar a Deus pedindo a graça vivificadora! Embora os discípulos poderiam ser as testemunhas de este sinal do céu, depois de um momento foram despertados para dar um relato completo do que acontecera. Não sabem o que dizem os que falam em fazer tabernáculos na terra para os santos glorificados no céu.



Quão deplorável é o caso deste menino! Estava sob o poder de um espírito maligno. As doenças dessa natureza são mais aterradoras que as que surgem de simples causas naturais. Quanta maldade faz Satanás quando toma possessão de uma pessoa! Porém, bem-aventurados são os que tem acesso a Cristo! Ele pode fazer por nós o que não podem os discípulos. Uma palavra de Cristo sarou um menino e quando nossos filhos se recuperam da enfermidade, consola recebê-los como curados pela mão de Cristo.



Esta predição dos sofrimentos de Cristo era bastante clara, porém os discípulos não a entenderam pois não concordava com únicas idéias. Um pequenino é o símbolo pelo qual Cristo nos ensina a simplicidade e a humildade. Que honra maior pode obter um homem neste mundo que a de ser recebido pelos homens como mensageiro de Deus e Cristo, e que Deus e Cristo se reconheçam recebidos e bem-vindos nele? Se alguma sociedade de cristãos deste mundo teve motivos para silenciar os que não são de sua própria comunhão, a tiveram os doze discípulos nesse tempo; mas Cristo os advertiu que não o fizessem de novo. ainda que não sigam conosco, podem ser achados seguidores fiéis de Cristo e ser aceitos por Ele.



Os discípulos não consideravam que a conduta dos samaritanos fosse mais efeito do prejuízo e fanatismo nacional do que da inimizade contra a Palavra e a adoração de Deus; embora se negaram a receber a Cristo e seus discípulos, não os maltrataram nem injuriaram, assim que o caso era completamente diferente do de Acazias e Elias. Também não perceberam que a dispensação do Evangelho seria marcada por milagres de misericórdia. Mas, por sobre tudo, ignoravam os motivos dominantes em seus próprios corações, que eram o orgulho e a ambição carnal. Nosso Senhor os advertiu a esse respeito. Nos resulta fácil dizer: Venham, vejam nosso zelo pelo Senhor!, e pensar que somos muito fiéis em sua causa, quando estamos seguindo nossos próprios objetivos e até fazendo mal e não bem ao próximo.



Aqui há um que se apresenta para seguir a Cristo, mas parece ter-se apressado e precipitado sem calcular o custo. Se quisermos seguir a Cristo, devemos deixar de lado os pensamentos de grandes coisas do mundo. Não tentemos fazer profissão de cristianismo quando andamos em busca de vantagens mundanas.

Temos um outro que parece resolvido em seguir a Cristo, mas pede uma curta postergação. Cristo lhe deu primeiro a este homem o chamado: Segue-me. A religião nos ensina a ser benignos e misericordiosos, a mostrar piedade em casa e respeitar a nossos pais, mas não devemos convertê-los em desculpa para descuidar nossos deveres para com Deus.

Outrossim aqui há um outro disposto a seguir a Cristo, mas pede tempo para falar com seus amigos a esse respeito, pôr em ordem seus assuntos domésticos, e dar ordens a esse respeito. Parecia ter mais preocupações do mundo em seu coração do que deveria, e estava disposto a aceder à tentação que o afastaria de seu propósito de seguir a Cristo. ninguém pode fazer algo em devida forma se estiver atentando a outras coisas. Os que entram na obra de Deus devem estar dispostos a seguir ou de nada servirão. Olhar para trás conduz a recuar, e retroceder é a perdição. Somente o que persevera até o fim será salvo.




Informação Bibliográfica
Henry, Matthew. "Comentário sobre Luke 9". "Matheus Henry - Comentário do Novo testamento". https://www.studylight.org/commentaries/por/mhn/luke-9.html. 1706.
 
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